Aumento das rendas em 2023

 

 

O aumento da inflação, que chegou aos 9.1% no passado mês de agosto segundo o INE, vai refletir-se no preço das rendas já no próximo ano de 2023.

A atualização das rendas é calculada a partir da taxa de variação média do índice de preços no consumidor dos últimos 12 meses terminados em agosto do ano anterior, sem contar com a habitação, assim sendo prevê-se um aumento que pode chegar aos 5,43%. O valor final definitivo do aumento será indicado ainda em setembro mas apenas será oficial depois da publicação em Diário da República a 30 de outubro.

Nos últimos anos, as rendas tinham ficado congeladas em 2015, subido 0,16% no ano seguinte, depois 0,54% em 2017, 1,15% em 2019, 0,51% em 2020, ficaram novamente congeladas em 2021 e este ano tinham subido 0,43%.

 Este será o maior aumento registado nos últimos anos. Na década de 80, com a generalidade das rendas congeladas e a inflação muito alta, o coeficiente de atualização de rendas chegou a traduzir-se em aumentos acima dos 15%. Já nos anos 90, chegou aos 6,75% em 1994 e desde então veio sempre a cair, tendo praticamente estagnado. Este ano, o aumento legal foi de apenas 0,43%.

Esta atualização aplica-se apenas aos contratos de arrendamento celebrados depois de 1990. Os contratos anteriores a este ano – isto é, que foram celebrados há mais de 30 anos – passaram a ser atualizados a partir de novembro de 2012, com a chamada Lei Cristas, através de um processo de negociação entre senhorio e inquilino. Caso tenham sido objeto deste mecanismo de atualização extraordinária, ficam isentos de nova subida.

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